I'm full of random facts
Cheio e vazio. Outro dia enquanto bebia uma cerveja no centro da cidade senti o peso de não estar no Bairro de Fátima, de não poder voltar pra casa a pé em 10 minutos. Nossas cervejas foram medidas pelo horário do metrô. Quando as coisas funcionam assim eu me lembro de quando fazia curso (curso de qualquer merda) e quando dava a hora íamos pra casa com os assuntos pela metade.
- Ei, me paga um pão na chapa com café?
- Humm, Ok. Pode pegar lá.
Dois minutos depois
- Não tem Pão na chapa e eu peguei dois salgados e esse suco (suco em lata).
- Não cara, o suco não.
- Tá bom, vou trocar pelo café com leite.
E sobre se abrir, saber das coisas, falar demais, fazer porra nenhuma, pagode velho... O centro é maneiro.
Dia desses os caras colocaram um véu no prédio que estão construindo. Realmente achei bem mais bonito assim. Eu queria ter visto a malha se desenrolar do topo até embaixo, mas como coloquei uma almofada enorme na janela perdi esse momento. A almofada está lá por causa do sol, já que aqui não tem cortinas. Espero que esse prédio novo não seja tão ridículo quanto os outros, mas é um desejo bobo, já que não estarei aqui quando ele ficar pronto e é bem óbvio que a construção será horrenda.
Tive sonhos bem estranhos. O primeiro foi bem bonito e tranquilizante... Acordei naturalmente as 7h40 com o sonho claro como água na frente dos meus olhos. Achando desnecessário levantar da cama tão cedo voltei a dormir e fui castigado por um sonho com o carnaval do Rio de Janeiro. Eu estava em uma festa bebendo com maior galera e resolvemos ir para outro lugar. Todos saíram afobados e acabei ficando para traz tendo que descer uma ladeira correndo, para encontrar com o povo. Nessa descida encontrei uma amiga (que não falo a anos) que me deu uma cantada desconcertante. Fiquei com peso na consciência, sentia que não deveria. Aí de repente estamos em uma casa pela manhã com algumas pessoas dormindo nos sofás.
Eu fujo do carnaval e ele me assalta nos sonhos.
Estou perdido em minhas vontades, que não são poucas. Deveria estar terminando um projeto que colocarei no correio amanhã, mas estou aqui na frente do computador fazendo nada, escutando rádio no celular. Sentindo dificuldades para escrever uma carta de motivação...
"Estou pilhado de entrar nessa parada porque vai ser fodaço ficar um puta tempo em São Paulo com um lugar certo pra cair, dando altos rolés e conhecendo a galera... Talvez eu comece a usar várias drogas (pouco provável, acho que já fiquei velho pra isso) ou beber mais (pouco provável, pois meu dinheiro só acaba), sei lá o futuro é tão incerto e além do mais aquele espaço de vocês é do caralho, podíamos levar um monte de lixo pr'aquela porra que ainda assim ia sobrar espaço... Fora as gatinhas que tem por aqui..."
Formalidades, como eu adoro...
Comi uma pizza congelada agora a pouco, coisa que não fazia a tempos e lembrei claramente porque tinha desistido disso - É horrível e caro. Pra piorar minha indignação com a pizza eu tive que ir na rua pra comprá-la e ao sair do prédio tinha uma galera revirando o lixo - Até ai tudo bem. Fui andando e pensando:
É melhor pegar meu cigarrinho depois de passar dessa dorme que está desse lado da calçada, pois se eu pegar antes ela vai pedir...
Passei da dorme e depois de alguns passos pego discretamente meu cigarro, tudo devagarzinho...
- EI CARA!!! (gritando bizarramente)
Continuei andando a pesar de saber que era comigo.
- EI, CARA!!! ESPERA UM POUCO (ainda gritando muito)
Paro lentamente e olho pra ela.
- ME DÁ UM CIGARRO AI. (GRITANDO)
Fico puto, olho pra ela,,, fico olhando um tempo pra cara dela.
- Desculpa, desculpa, mas me arruma um cigarro, por favor.
Eu dei o cigarro, fazer o que? Meu irmão também fala gritando comigo.
Ontem no começo da tarde eu falei que não sabia direito do meu futuro, que provavelmente iria para o Rio em breve, organizar umas coisas (a vida), bla bla bla
Algumas horas depois fui ao shopping e como estava um calor do caralho, enrolamos, aproveitando aquele momento, cheirinho de coisas novas que só no shopping, ar condicionado, chão limpinho...
Quando estávamos saindo, descendo a rampa, vemos duas amigas subindo... Ah o shopping, lugar de encontros... Depois fomos até a Casa das Caldeiras (onde não nos deixaram entrar) e depois bebemos algumas cervejas aguardando a hora de fazer inscrição em um curso no SESC. Esse encontro me fez pensar em ficar um pouco mais. Só me fez pensar - ainda não cheguei a nenhuma conclusão (Acho que geral já está se acostumando com isso - a demora para as conclusões).
É por ai,,, Tem muita coisa não.
"Pontogor não existe propriamente falando"
Quem disse isso foi um doidera que disse que Álvaro de Campos falou a respeito de pessoa. Sobre a economia do esforço de viver.
lml
BLOCO FODA.
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