
tudo apertado, não temos muito espaço como você pode ver. Você gosta de morar aqui? Não. Sinto saudade dos meus filhos. Onde eles estão? No continente. E você gosta de morar aqui? Não. Por quê? Muitos ratos passam por aqui à noite. Os galhos dessa velha gameleira sempre quebram sobre meu telhado. Uma vez, quase caiu sobre mim. Tenho medo. Eu moro aqui porque não tenho outro lugar. Sentada observava. O sol poente ao meu lado direito, a estrada de asfalto, a pista de pouso, o porto, poucas luzes na extensão verde e montanhosa. Assim eu também era ilha. Como uma visão à distância, Noronha me fez pensar nas cidades em que vivemos. Em como vivemos. Como se a ilha inteira coubesse dentro de mim e eu fosse também terra e água. E mais nada.










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